Conexões Artísticas : conversas.pesquisas.artes com Vi Grunvald e Rafa Bqueer

A comissão de comunicação do Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGArtes/UERJ) apresenta Conexões Artísticas : conversas.pesquisas.artes. O projeto busca trazer artistas para, numa conversa com a comunidade discente, apresentarem suas pesquisas e trajetórias artísticas. A segunda conexão acontecerá com as artistas Vi Grunvald e Rafa Bqueer, no dia 21 de novembro de 2024, no auditório do IART/UERJ, 11º andar, das 15 às 18h.

Vi Grunvald é professora travesti do Departamento de Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRGS, onde integra o Núcleo de Antropologia Visual e o Núcleo de Antropologia e Cidadania. Co-coordena o Grupo de Reconhecimento de Universos Artísticos/Audiovisuais da UFRJ, além de ser pesquisadora de diversos outros grupos de pesquisa na Universidade de São Paulo (USP) como Grupo de Antropologia Visual (GRAVI), Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (NAPEDRA), Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença (NUMAS) e do Pesquisas em Antropologia Musical (PAM). Em 2022, foi professora visitante no Departamento de Psicología Social y Antropología Social da Universidad Complutense de Madrid (UCM) e do Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA) em Lisboa. Possui doutorado na USP com período de sanduíche com Profa. Amelia Jones no Departamento de História da Arte e Estudos de Comunicação da McGill University. É pós-doutora também pela USP, além de possuir formação em cinema pela Academia Internacional de Cinema. É fotógrafa, realizadora audiovisual e seus trabalhos, tanto acadêmicos quanto artísticos, giram em torno de política, direitos humanos, gênero, sexualidade, parentesco/família, arte, imagem, performance, táticas documentais e teoria queer/cuir. É membra do Comitê de Gênero e Sexualidade (2021-24) e do Comitê de Antropologia Visual (2019-24) da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), além de ter sido presidenta do Prêmio Pierre Verger (2021-2022) desta instituição. Coordena também a Comissão de Imagem e Som da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS), no biênio 2022-2023. Seu último trabalho audiovisual, Domingo, realizado no âmbito de um projeto documental de narrativa transmídia realizado com Paulo Mendel e a Família Stronger, uma família LGBT e majoritariamente negra da periferia de São Paulo, foi selecionado e comissionado pela 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, exibido no Royal Anthropological Institute Film Festival 2019 e recebeu os Prêmio Margot Dias e Benjamin Pereira de melhor filme da Associação Portuguesa de Antropologia (APA 2019/2020) e Prêmio ANPOCS de Melhor Curta e Média-Metragem da ANPOCS (2021).

Rafa Bqueer (Belém, Pará, 1992). Graduou-se em Artes Visuais pela UFPA. Estudou na escola de artes visuais do Parque Lage(RJ). É multiartista, atuando de forma transdisciplinar com vivências entre a arte drag, escolas de samba, arte contemporânea e cinema. Investiga o campo da performance e seus atravessamentos com questões raciais e ativismo LGBTQIA+. Participou de exposições coletivas em importantes instituições como MASP e INHOTIM. Destacando também a individual “UóHol” no Museu de Arte do Rio (2020) e 8º Edição da Bolsa de fotografia da Revista ZUM – Instituto Moreira Salles (2020) . Suas obras fazem parte dos acervos: Museu de Arte do Rio (MAR), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) , Instituto Moreira Salles e Pinacoteca de São Paulo.

Íra Barillo (elu/ele) é fotógrafo e doutorande no Programa de Pós Graduação em Artes da UERJ. Cria e pesquisa imagens sobre o grotesco, monstruosidades, performances de gênero, sexualidade e festa. Colabora com artistas em retratos fotográficos realizados em espaços públicos e faz colagens a partir de autorretratos. É natural do interior do estado do Rio de Janeiro e vive na capital há mais de dez anos. Fez a curadoria e parte das imagens do fotolivro “Montação”, publicado em 2021 pela Editora Philos, com fotografias sobre a cena noturna de drag queens e dançarines burlesques do Rio de Janeiro. Seus trabalhos em artes visuais já foram publicados em livros e revistas e expostos no Brasil e Estados Unidos, mas também ocupam muros da cidade e paredes de exposições no formato lambe-lambe.

Grassine. Pessoa trans não binária, designer formade pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mestre e Doutorande pelo Programa de Pós-Graduação em Design (PPDESDI/UERJ). Docente do Departamento de Produto da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI/UERJ) . Pesquisadore associade ao grupo de pesquisa NUDE – Design, corpo e tecnopolítica e investigo formas de queerizar práticas dentro do design, de modo que traga novos imaginários, léxicos e visualidades que incluam corpos dissidentes de gênero.