Dias 16 e 17 agosto de 2023, acontecerá o Seminário A Pesquisa de Pós-Doutorado em Foco e convidamos toda a comunidade do Instituto de Artes, do PPGARTES e do PPGHA da UERJ a participarem.
16 de agosto de 2023
mesa 1: as imagens e as ações iconoclastas contemporâneas (15h)
Clara Habib (PPGARTES)
Historiadora da arte e pesquisadora de pós-doutorado no PPGArtes/UERJ (Bolsa Faperj Nota 10), com supervisão da professora Vera Beatriz Siqueira. Atuou como professora substituta da EBA- UFRJ e do Instituto de Artes da UERJ. É autora de diversos artigos que relacionam arte e religião. Pesquisa o tema da iconoclastia, com destaque à organização de um dossiê temático publicado pela Revista Concinnitas (2021) e à coordenação do Podcast Projeto Iconoclasta (2022/2023)
A dimensão histórica da iconoclastia e seus impactos na contemporaneidade: fontes históricas para pensar a iconoclastia religiosa no Brasil contemporâneo
Durante os últimos anos, temos testemunhado um grande aumento do fenômeno iconoclasta em âmbito mundial, seja através da destruição de monumentos públicos, seja através da destruição de templos e imagens religiosas. O projeto em questão visa propor um estudo acerca da história da iconoclastia e seus impactos na contemporaneidade com o objetivo de entender os eventos que vêm marcando culturalmente o momento presente. O recorte desta apresentação será a apresentação de um quadro geral do fenômeno da iconoclastia religiosa no Brasil contemporâneo, bem como suas fontes mais antigas. As reflexões propostas baseiam-se em como historias judaicas da juventude de Abraão podem estar impactando o imaginário neopentecostal brasileiro e funcionando como um modelo de autoridade para performances iconoclastas.
Christine Mello (PUC-SP, PPGARTES)
Teórica, crítica de arte, curadora e pesquisadora de Pós-doutorado (Bolsa UERJ/Faperj), com supervisão da professora Sheila Cabo Geraldo. Professora da PUC-SP, atua no PPGComunicação e Semiótica. Doutora e Mestre em Comunicaçao e Semiótica (PUC-SP). Autora de Extremidades do vídeo (Senac, 2008) e coautora de Tékne (MAB, 2010). Coordena o Grupo de Pesquisa e a Coleção de livros Extremidades (www.extremidades.art).
Por outras imagens do mundo: arte, mídia e política
Diante de um contexto histórico relacionado às dimensões de fim do mundo, ao Antropoceno, à crise da sustentabilidade e da biodiversidade, como pensa Ailton Krenak, em seu Ideias para adiar o fim do mundo (2019) assim como Déborah Danowski e Eduardo Viveiros de Castro, ao questionarem “Há mundo por vir?” (2017), encontramos um estado de crise, um alarme. Nesse contexto, observamos nos ambientes das mídias sociais o avanço do autoritarismo e da cultura do ódio, tendo como pressuposto o contra-ataque da arte em torno do imaginário racista e xenófobo neles agenciados, próprios às forças destrutivas de um mundo em decomposição, como ato de imaginar a existência de maneira diferente, como o reconhecimento recíproco da vulnerabilidade, como inscrição de outros mundos.
Danny Liberato (PPGHA)
Pesquisadora de Pós-doutorado em História da Arte no PPGHA/UERJ, com supervisão da professora Maria Berbara. Doutora em Artes–PPGARTES/UERJ. Doutoranda em Arqueologia–PPGArq/UFPE. Mestre em Arte–PPGARTES/UERJ. Especialista em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências–COC/FIOCRUZ. Graduada em História da Arte–ART/UERJ. Membro dos Grupos de Pesquisa GEAGT/UFPE e da Tradição Clássica nos acervos cariocas/UERJ.
De Possuída à Redentora: a indesejada Princesa Isabel e seu imaginário sob o prisma de Ângelo Agostini na Revista Illustrada da segunda metade do século XIX
O presente trabalho trata do imaginário da Princesa Isabel sob a perspectiva do artista ilustrador Ângelo Agostini, em seu trabalho na Revista Illustrada, entre os anos de 1876 à 1898. Neste sentido, a pesquisa analisa o repertório visual das charges produzidas pelo artista, com o recorte geográfico da cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo central de compreender como era a recepção da Princesa em um meio de comunicação mais cotidiano da população brasileiro e como este recorte foi sendo ampliado na medida em que foi possível estabelecer comparações com os acontecimentos políticos do período. Neste sentido, as imagens produzidas sobre a Princesa Isabel passaram por diferentes etapas: desde sua rejeição na possibilidade de um Terceiro Reinado, até o título de Redentora, ligado a suas atividades que contribuíram para o fim da escravidão no Brasil.
mesa 2: a ditadura e a expressão cultural popular (16h30)
Daniel Aarão Reis (UFF, PPGARTES)
Historiador, Professor Visitante no PPGARTES/Uerj (Bolsa UERJ), com supervisão do Professor Alexandre Sá. Professor titular de história contemporânea da UFF. Pesquisador 1A do CNPq. Autor, entre outros livros, de A revolução faltou ao encontro, os comunistas no Brasil (Brasiliense, 1990), Luis Carlos Prestes, um revolucionário entre dois mundos (Cia das Letras, 2014) e A revolução que mudou o mundo/Rússia, 1917 (Cia das Letras, 2017)
As políticas culturais da ditadura entre arcaísmo e modernização
A emergência do mercado cultural no período anterior à Ditadura: as controvérsias sobre os anos de ouro. A ditadura e o caráter heterogêneo da frente política vitoriosa. A ditadura e suas fases: 1. Liberalismo repressivo e terror cultural. 2. O retorno do nacional-estatismo: cultura regulada e repressão. 3. A abertura e o declínio dos mecanismos de repressão e controle. Expansão e desenvolvimento do mercado cultural de massas. A hegemonia das propostas modernizantes e as empresas privadas (a Rede Globo). Colaboração e Resistência. A televisão e as novelas. O Carnaval e as Escolas de Samba. Sociedade e Ditadura: as controvérsias sobre o conceito de resistência. Cultura de resistência e cultura de colaboração. As complexas relações entre ditadura e sociedade: o debate sobre o caráter civil-militar da ditadura.
Amanda Tavares (PPGHA)
Historiadora da arte, com pesquisa sobre arte moderna e popular no Brasil apresentada dentro e fora do país. Atua no campo da pesquisa e curadoria para exposições e publicações de arte, além de projetos experimentais que relacionam arte e educação. É pós-doutoranda no PPGHA |UERJ com financiamento da CAPES e supervisão da professora Vera Beatriz Siqueira.
Trânsitos: cultura popular e arte moderna e contemporânea no Brasil
A arte popular foi fundante na constituição do moderno no Brasil, e sua valorização nesse contexto fomentou um repertório e uma bibliografia considerável sobre o assunto, promovendo diálogos importantes entre produções consideradas “populares” e “não populares”. Nas décadas de 1970 e 1980, a antropóloga e museóloga Lélia Coelho Frota teve atuação significativa nessa seara e seu trabalho representa um esforço substancial de modificação do olhar e entendimento para a produção de artistas que nomeou “liminares”. A partir da representação brasileira na Bienal de Veneza de 1978, curada por Frota, revisitamos o conceito e a obra de artistas pesquisados e mapeados por Frota no exercício de compreender o modo como seu projeto curatorial se articulava ao seu pensamento e atuação.
17 de agosto de 2023
mesa 3: processos artísticos (15h)
Diego Kern Lopes (PPGARTES)
Artista e pesquisador de Pós-Doutorado no PPGARTES/Uerj (Bolsa Faperj Nota 10), com supervisão do professor Luiz Cláudio da Costa. Realizou estágio em Pós-Doutrado na École des Hautes Études em Sciences Sociales (EHESS, França). Doutor em Artes pela UERj e Mestre em Artes pela UFES. Desenvolve o Projeto Direção do Vento, uma epistemologia poética.
Direção do Vento – uma epistemologia poética
“Direção do Vento: uma epistemologia poética” tem como objetivo investigar as mudanças climáticas contemporâneas a partir das relações entre humanos e não humanos sob a ótica da Arte, através das notas sobre o “Infrafino” de Marcel Duchamp, e da antropologia, a partir do conceito de “coisa” do antropólogo Tim Ingold. A pesquisa pretende desenvolver trabalhos artísticos que, considerando elementos de Duchamp e Ingold, investiguem possibilidades poéticas e epistemológicas que gerem e auxiliem formas de repensar não só as relações entre, mas, igualmente, os conceitos de sujeito, objeto, humano, não humano, cultura e natureza.
Jac Siano (PPGARTES)
Artista, pesquisadora de Pós-doutorado (Bolsa Capes, PNPD), com supervisão do professor Luiz Cláudio da Costa. Auta na graudação e na Pós-Graduaçao do PPGArtes/Uerj. Obteve os títulos de mestre e doutora em Artes no PPGARTES/Uerj. Inicia sua formação em artes na década de 1990 na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV-Parque Lage), onde atua como professora em cursos livres para jovens.
A Trança do Tempo em Campo Pequeno: uma investigação plástico-teórica
Ao assumir o lugar de uma artista viajante local, investigo os rastros do legado colonialista presente nos sítios históricos que circundam a Baía de Guanabara. A paisagem e a narrativa local trazem as marcas de um ininterrupto processo de separação entre cultura e natureza, que tem no avanço da urbanização o seu emblema. A região aguarda o reerguimento de sua memória, seja dos fatos históricos ali ocorridos, seja das narrativas e fabulações produzidas pelos habitantes daquelas localidades, para e desde então, poder cotejá-las com a realidade social da comunidade que reside sobre as ruínas de um passado-presente na fantasmagoria da herança colonial. A pesquisa foi levada a encontros com pesquisadores, além de consolidar-se em obras plásticas de sorte a expandir a discussão teórico-histórica do projeto.
lançamentos (16h30)
lançamento coleção PPGartes traduzida trans_bordar horizontes
organização Luciana Lyra e Paloma Carvalho
lançamento plataforma PPGARTES Experimental
projeto Luciana Lyra, Paloma Carvalho e Chris, The Red
inauguração galeria 11
projeto Anderson Ladislau
colaboração Malu Fatorelli